Existiu no Brasil uma civilização pré-histórica que deixou marcas na região Amazônica. Eram homens que conheciam as técnicas de plantio e que já enterravam os seus mortos.
Foram deixados vários registros de sua cultura em vários artefatos de cerâmica, pequenas esculturas que nos mostram como era a sua vida cotidiana. Estas civilizações se desenvolveram na Ilha de Marajó e na margem direita do Rio Tapajó, são conhecidas como Cultura Marajoara e a Cultura de Santarém ou Tapajônica.
O Maior acervo de arte Marajoara e Tapajônica se encontra no Museu Goeldi (http://www.museu-goeldi.br/portal/) , são vários objetos classificados por formas e técnicas decorativas tais como vasos, estatuetas, pratos, tangas, urnas, bancos, tigelas, vasilhames e etc. As técnicas decorativas destas cerâmicas variam entre esquemas simples e complexos de linhas geométricas em pinturas mono ou policromáticas. Existem também a representação de desenhos com incisões e/ou excisões e modelagem, característicos da cerâmica marajoara.
A cerâmica de Santarém tem a característica mais naturalista, apresentando mais realismo ao produzir os seres humanos e animais. Estas peças de cerâmica são datadas de 500 anos depois de Cristo.
A cerâmica de Santarém apresenta estatuetas a onde encontramos figuras de homens e de animais, figuras Zoomorfas (forma de animais) e Antropomorfas ( forma humana). São peças ricamente trabalhadas mostrando um conhecimento técnico excepcional.
Outra cultura extremamente importante do Vale do Rio do Amazonas e a Cultura Marajoara. Em 1957 os arqueólogos Cliford D. Evans e Betty J. Megger estimaram que estes povos viveram a mais ou menos 500 anos e seriam originários de outra região e vieram se instalar na Ilha de Marajó com seu povo. Este grupo apresenta uma variada e sofisticada produção de temas decorativos, estilizando animais e a figura humana além de usarem vários símbolos para decorarem seus objetos diários tais como vasos, pratos, tangas e urnas funerárias.
Ao que se sabe e que da mesma forma que este povo rico em cultura artística apareceu na Ilha de Marajó, também desapareceu, deixando seus vestígios mais tarde descoberto por arqueólogos e pesquisadores.
As urnas Marajoaras eram pintadas de vermelho e preto, com corantes naturais tais como o Urucum e jenipapo ou carvão, estas urnas apresentavam vários desenhos elaborados podendo ter a forma de animal. Acredita-se que quanto mais rebuscado o desenho maior seria a posição social do morto.
Dentro da urna era enterrado apenas o esqueleto do morto pintado de vermelho com alguns dos seus pertences pessoais , tais como tangas de cerâmica se fosse uma mulher, e adornos, eles acreditavam que os ossos eram o depósito da alma e as urnas seriam o meio para passagem a uma outra vida.
Urna Funerária
Tangas de cerâmica.
